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A postura adotada pelo prefeito de Propriá, Luciano de Menininha, durante entrevista ao radialista Patrício Lessa, na Própria FM, chocou moradores e repercutiu em todo o estado. A forma como ele reagiu aos questionamentos do ouvinte Bastião — que apenas citou o desenvolvimento de cidades vizinhas como Colégio e Cedro de São João — reacendeu o debate sobre o estilo personalista com que o gestor lida com qualquer forma de cobrança.
O prefeito manteve o tom de voz controlado, mas perdeu a compostura ao interpretar a comparação como provocação. Em vez de se restringir a responder ao questionamento, tratou a crítica como afronta pessoal, ignorando o papel institucional que ocupa e o direito básico do contribuinte de pedir explicações.
O gestor sugeriu que o cidadão deixasse Propriá caso considerasse outras cidades melhores. “Compra uma casa, se muda. Pega suas trouxinhas e vai morar no Cedro, vai morar em Colégio, em Arapiraca.” A fala, foi direta e sem margem para interpretação benigna.
A reação do gestor reforçou a percepção de que Luciano enxerga discordância como ameaça, e não como mecanismo de fiscalização. Ao mandar um morador “se mudar”, o prefeito passou a mensagem de que só tem lugar na cidade quem concorda com sua administração — um recado incompatível com qualquer noção de governança democrática.
O caso vem ganhando repercussão porque ultrapassa uma resposta infeliz: reabre a discussão sobre uma prática políticas que a sociedade tenta superar há décadas, uma demonstração clara de como o poder pode ser usado para silenciar quem ousa cobrar.





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